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terça-feira, 5 de março de 2013

SÍNDROME DO CÃO NADADOR EM UM SHIH TZU - relato de caso

SÍNDROME DO CÃO NADADOR:

é a incapacidade de ficar de pé ou andar pela idade normal de 3 semanas, há uma anomalia no desenvolvimento motor de filhotes, causando a abertura dos membros dianteiros (26%) ou a abertura nos membros traseiros (menor frequência 8%), ou tretaplégico (quatro membros abertos e o filhote fica com o abdomem encostado no solo, posição de paraquedista, 50%).

NOTA:
 A etiologia (estudo das causas), ainda não foi elucidada. No entento, tem sido atribuída a fatores genéticos e ambientais, como solos lisos ou presença de proteína em excesso na mãe. Comumente é observada em maior proporção em cães de raças condrodistróficas ( tem o eixo dos ossos longos torcidos e encurtados dando o aspecto característico de serem rebaixados) como é o caso do buldog francês, basset hound,etc; todavia também existem  relatos em outras raças, SRD, e aqui em um de nossos amados shih tzus.

Ao final de nosso post colocarei mais detalhes sobre esta síndrome. O que pretendo aqui é mostrar que é possível sim que os peludos que apresentem esta dificuldade, podem  sim melhorar e ter uma vida maravilhosa se seus tutores quiserem, infelizmente há muito que são simplesmente "descartados", sim são deixados para morrer or apresentares esta dificuldade em manter-se de pé. Foi então que me deparei com a história do Mike com sua mamãe Flávia, a vi alí uma oportunidade quem sabe de multiplicar salvadores, pessoa com conhecimento de que pode ser sim tratado, e, para parabenizar a Flávia que nunca desistiu de Mike. Pedi á ela que enviasse um relato de sua história e ela gentilmente e certa também de estar colaborando com outras vidas prontamente o fez, então segue aqui essa linda história:

MIKE, UM SHIH TZU E TANTO COM UMA MAMÃE MAIS QUE TANTO!

Oi Kely, tá aqui o meu depoimento =)

Foto: Um olhar diz mais que mil palavras! Tem como não amar esse serzinho? Que olhar!Bom, no dia 01/11 nasceu um casalzinho lindo de shihtzus, vindo de uma gestação meio complica!
Os dois desenvolveram igualmente durante os primeiros 10 dias de vida, porém isso começou a mudar e percebi que o machinho, batizado de Mike, tinha dificuldades em respirar e seu desenvolvimento passou a ser BEM mais lento do que o da Daya, a irmãzinha dele.
Com isso, com o contado tendo, com 18 dias, resolvi levar ele para uma avaliação profissional, pois seu torax estava muito diferente, ele estava muito magro, tinha dificuldades de mamar e de respirar. Tudo era com muito esforço.
O veterinário então, recomendou um exame de raio x, onde foi identificado a popularmente chamada Sindrome do cão nadador.

Conhecendo a sindrome: Essa sindrome afeta a posição dos braços, que ao invés de firmarem, faz com que o peludinho escorregue, não conseguindo andar corretamente e forçando o torax contra o chão, daí o por que do torax ser diferente, é um torax comprimido. Ela pode afetar de diversas formas, 1 pata, 2 patas, as 4, o torax pode ser tão comprimido que precisa de cirurgia para abrir e poder desenvolver pulmão e coração corretamente.

Diagnostico feito, começou a nossa batalha para aprender a lidar com isso e fazer o melhor tratamento para o caso do nosso bebe. Levamos para a avaliação de uma veterinária fisioterapeuta, que disse: Sim, ele está MUITO magro (35 dias e 550gr, contra 950gr da irmã), ele precisa de fisioterapia e acupuntura e ficará 100%!
Nesse tempo todo o Mike, que sempre teve um olhar profundo, tinha um olhar de dor e sofrimento, mas também de garra, superação e força para lutar e sobreviver!

Bem, iniciamos a fisioterapia 2x na semana, por 4 semanas. Logo na primeira semana, foi evidente que ele estava comendo melhor e desenvolvendo melhor. Em casa ficamos com a responsabilidade de colocar a tala em forma de 8 na frente e atras, 24hrs por dia, além de uma faixa no torax por umas 6hrs de noite. Explica-se: a faixa era para ajudar a firmar as patinhas na sua posição correta e não permitir que ele escorregasse, e a faixa era para remodular o torax, para que ele fosse se descomprimindo, a medida que as patas fossem remoduladas para posição correta também. Quem olhava, e nós mesmos que estamos envolvidos no tratamento, tinhamos dó, achando que a tala atrapalhava ele se locomover e a faixa sufocando. De fato ele precisou de 1 dia para aprender a como se mover com a tala e de algum tempo com a faixa e seu torax se expandindo para que a faixa não o sufocasse. Se tivessemos desistido, com certeza não teriamos o resultado que estamos tendo!
Após 3 semanas de fisioterapia, na noite de natal, eu tive o meu milagre de natal: um sorriso tão belo, tão sapeca, tão profundo, tão real e tão agradecido que eu pude ver que realmente estava no momento certo, no tratamento certo e é esse mesmo sorriso que me motiva a seguir em frente todos os dias! A cada arte, a certeza que ele é mais especial, mais maloqueirinho, igual a mamis canina, e também é o mais carinhoso e parceiro.
Com 4 semana de fisioterapia, seguimos o cronograma e passamos para fisio e acupuntura 1x na semana. Na sessão seguinte, a 10ª sessão, pudemos retirar a tala das patas da frente, e na 12ª, as talas traseiras passaram a ser apenas noturna e teve alta da faixa do torax. O torax expandiu e é 90% do que deveria ser. Já não tem dificuldade respirar e é o mais pentelho dos meus 4 shihtzus. Corre, pula e saltita com tala ou sem tala, ele sabe como aproveitar cada segundo!
Na 12ª foi feita uma avaliação e espaçado para a cada 15 dias, apenas com acupuntura e a tala noturna todos os dias.
Dia 02/03 foi feito uma nova avaliação e agora espaçamos a acumputura para a 1x ao mês. Com mais umas 2 sessões ele terá alta, se Deus quiser! :)

Foto: Com MikeFora isso, devemos evitar deixar ele em piso liso, para isso compramos tapetes de EVA e assim ele intercala entre laminado de madeira (liso) e os EVAs. Atualmente ele é liberado para caminhar na rua, com meus outros 3 shihs.

Ah, quando descobrimos ele era magriiiiiiiiiiiiiiiiiiiiinho, por que ou ele mamava, ou ele respirava. Ele mamava daí o suficiente para ele viver! E olha que tentei dar mamadeira para complementar e tudo mais, mas nada deu certo. 
Depois, com a fisioterapia a evolução foi a seguinte:
47 dias - 750gr
68 dias - 1250gr
89 dias - 1850gr
110 dias - 2850gr
hj ele tem 122 dias está super saudável no peso correto.

Quando penso que ele poderia não ter sobrevivido, devido a condição dele, do peso e etc, e ver ele hoje forte, saudável e robusto, me alegro e me emociono! Meu milagre e isso não tem preço!
Existem pessoas que quando não conhecem algo, preferem não lidar com o desconhecido, ou com os gastos que isso possa ter, e acham a saída mais fácil: eutanasiar!
Peço a todos que recebem essa mensagem que possam conhecer, entender e tratar! Eutanasiar, jamais! Dê uma chance a vida! Dê uma chance a esse ser, e se você não quer dar essa chance, com certeza alguém irá querer dar!
Outra coisa que eu falo é que quando envolver fisioterapia e acupuntura, façam! Vale a pena todo o esforço e tratamento correto. Não tenham dó de fazer o que tenha que ser feito, é pelo bem dele.

O tratamento do Mike está sendo realizado pela super competente clinica Reabivet: www.reabivet.com.br :)

Video do Mike quando descobrimos:

A primeira fisio:

Ele hoje:

Obrigada por me dar a oportunidade de contribuir um pouquinho para o conhecimento das pessoas que acessam este blog!


Beijo!

--
Flávia Torres

 Sinais clínicos da Síndrome do cão nadador: Precocemente observados animais acometidos pela síndrome, aparentam estar fracos pela falta de habilidade de ficar em estação e se movimentar. Pela falta de suporte do esqueleto apendicular, há o resultado de uma compressão dorsoventral do tórax, abdômen e pelve, o que caracteriza o movimento de natação. Podem ocorrer sinais de dispnéia em casos de grave compressão torácica, constipação como seqüela da compressão abdominal e pélvica, além de úlceras causadas pelo decúbito.
Os sinais clínicos se tornam evidentes com duas a três semanas de idade, quando uma
locomoção quadrupedal deveria ser observada.

O diagnóstico é alcançado por meio de um exame clínico detalhado. Indica-se a realização de radiografias para verificar se o esterno do animal está relacionado com a patologia de pectus excavatum ou somente de esterno achatado.


Quando tratados, cerca de 90% dos filhotes se recuperam sem seqüelas. Em uma porcentagem menor (10%), o animal também pode se recuperar espontaneamente. No entanto, quando os quatro membros são acometidos, a porcentagem de recuperação diminui consideravelmente. Na presença de complicações respiratórias, o prognóstico é menos favorável.


Fonte: Revista Veterinária, dicionário informal, relato de caso TCC de Luane Michelleti, Cris Menegon.com.br (jornalista)

Postado por Kely V.S.S.