é a incapacidade de ficar de pé ou andar pela idade normal de 3 semanas, há uma anomalia no desenvolvimento motor de filhotes, causando a abertura dos membros dianteiros (26%) ou a abertura nos membros traseiros (menor frequência 8%), ou tretaplégico (quatro membros abertos e o filhote fica com o abdomem encostado no solo, posição de paraquedista, 50%).
NOTA:
A etiologia (estudo das causas), ainda não foi elucidada. No entento, tem sido atribuída a fatores genéticos e ambientais, como solos lisos ou presença de proteína em excesso na mãe. Comumente é observada em maior proporção em cães de raças condrodistróficas ( tem o eixo dos ossos longos torcidos e encurtados dando o aspecto característico de serem rebaixados) como é o caso do buldog francês, basset hound,etc; todavia
também existem relatos em outras raças, SRD, e aqui em um de nossos
amados shih tzus.
MIKE, UM SHIH TZU E TANTO COM UMA MAMÃE MAIS QUE TANTO!
Oi Kely, tá aqui o meu depoimento =)
Os dois desenvolveram igualmente durante os primeiros 10 dias de vida,
porém isso começou a mudar e percebi que o machinho, batizado de Mike, tinha
dificuldades em respirar e seu desenvolvimento passou a ser BEM mais lento do
que o da Daya, a irmãzinha dele.
Com isso, com o contado tendo, com 18 dias, resolvi levar ele para uma
avaliação profissional, pois seu torax estava muito diferente, ele estava muito
magro, tinha dificuldades de mamar e de respirar. Tudo era com muito
esforço.
O veterinário então, recomendou um exame de raio x, onde foi identificado a
popularmente chamada Sindrome do cão nadador.
Conhecendo a sindrome: Essa sindrome afeta a posição dos braços, que ao
invés de firmarem, faz com que o peludinho escorregue, não conseguindo andar
corretamente e forçando o torax contra o chão, daí o por que do torax ser
diferente, é um torax comprimido. Ela pode afetar de diversas formas, 1 pata, 2
patas, as 4, o torax pode ser tão comprimido que precisa de cirurgia para abrir
e poder desenvolver pulmão e coração corretamente.
Diagnostico feito, começou a nossa batalha para aprender a lidar com isso e
fazer o melhor tratamento para o caso do nosso bebe. Levamos para a avaliação de
uma veterinária fisioterapeuta, que disse: Sim, ele está MUITO magro (35 dias e
550gr, contra 950gr da irmã), ele precisa de fisioterapia e acupuntura e ficará
100%!
Nesse tempo todo o Mike, que sempre teve um olhar profundo, tinha um olhar
de dor e sofrimento, mas também de garra, superação e força para lutar e
sobreviver!
Bem, iniciamos a fisioterapia 2x na semana, por 4 semanas. Logo na primeira
semana, foi evidente que ele estava comendo melhor e desenvolvendo melhor. Em
casa ficamos com a responsabilidade de colocar a tala em forma de 8 na frente e
atras, 24hrs por dia, além de uma faixa no torax por umas 6hrs de noite.
Explica-se: a faixa era para ajudar a firmar as patinhas na sua posição correta
e não permitir que ele escorregasse, e a faixa era para remodular o torax, para
que ele fosse se descomprimindo, a medida que as patas fossem remoduladas para
posição correta também. Quem olhava, e nós mesmos que estamos envolvidos no
tratamento, tinhamos dó, achando que a tala atrapalhava ele se locomover e a
faixa sufocando. De fato ele precisou de 1 dia para aprender a como se mover com
a tala e de algum tempo com a faixa e seu torax se expandindo para que a faixa
não o sufocasse. Se tivessemos desistido, com certeza não teriamos o resultado
que estamos tendo!
Após 3 semanas de fisioterapia, na noite de natal, eu tive o meu milagre de
natal: um sorriso tão belo, tão sapeca, tão profundo, tão real e tão agradecido
que eu pude ver que realmente estava no momento certo, no tratamento certo e é
esse mesmo sorriso que me motiva a seguir em frente todos os dias! A cada arte,
a certeza que ele é mais especial, mais maloqueirinho, igual a mamis canina, e
também é o mais carinhoso e parceiro.
Com 4 semana de fisioterapia, seguimos o cronograma e passamos para fisio e
acupuntura 1x na semana. Na sessão seguinte, a 10ª sessão, pudemos retirar a
tala das patas da frente, e na 12ª, as talas traseiras passaram a ser apenas
noturna e teve alta da faixa do torax. O torax expandiu e é 90% do que deveria
ser. Já não tem dificuldade respirar e é o mais pentelho dos meus 4 shihtzus.
Corre, pula e saltita com tala ou sem tala, ele sabe como aproveitar cada
segundo!
Na 12ª foi feita uma avaliação e espaçado para a cada 15 dias, apenas com
acupuntura e a tala noturna todos os dias.
Dia 02/03 foi feito uma nova avaliação e agora espaçamos a acumputura para
a 1x ao mês. Com mais umas 2 sessões ele terá alta, se Deus quiser! :)
Fora isso, devemos evitar deixar ele em piso liso, para isso compramos
tapetes de EVA e assim ele intercala entre laminado de madeira (liso) e os EVAs.
Atualmente ele é liberado para caminhar na rua, com meus outros 3 shihs.
Ah, quando descobrimos ele era magriiiiiiiiiiiiiiiiiiiiinho, por que ou ele
mamava, ou ele respirava. Ele mamava daí o suficiente para ele viver! E olha que
tentei dar mamadeira para complementar e tudo mais, mas nada deu certo.
Depois,
com a fisioterapia a evolução foi a seguinte:
47 dias - 750gr
68 dias - 1250gr
89 dias - 1850gr
110 dias - 2850gr
hj ele tem 122 dias está super saudável no peso correto.
Quando penso que ele poderia não ter sobrevivido, devido a condição dele,
do peso e etc, e ver ele hoje forte, saudável e robusto, me alegro e me
emociono! Meu milagre e isso não tem preço!
Existem pessoas que quando não conhecem algo, preferem não lidar com o
desconhecido, ou com os gastos que isso possa ter, e acham a saída mais fácil:
eutanasiar!
Peço a todos que recebem essa mensagem que possam conhecer, entender e
tratar! Eutanasiar, jamais! Dê uma chance a vida! Dê uma chance a esse ser, e se
você não quer dar essa chance, com certeza alguém irá querer dar!
Outra coisa que eu falo é que quando envolver fisioterapia e acupuntura,
façam! Vale a pena todo o esforço e tratamento correto. Não tenham dó de fazer o
que tenha que ser feito, é pelo bem dele.
O tratamento do Mike está sendo realizado pela super competente clinica
Reabivet: www.reabivet.com.br :)
Video do Mike quando descobrimos:
A primeira fisio:
Ele hoje:
Obrigada por me dar a oportunidade de contribuir um pouquinho para o
conhecimento das pessoas que acessam este blog!
Beijo!
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Flávia Torres
Flávia Torres
Sinais clínicos da Síndrome do cão nadador: Precocemente observados animais acometidos pela síndrome, aparentam estar fracos pela falta de habilidade de ficar em estação e se movimentar. Pela falta de suporte do esqueleto apendicular, há o resultado de uma compressão dorsoventral do tórax, abdômen e pelve, o que caracteriza o movimento de natação. Podem ocorrer sinais de dispnéia em casos de grave compressão torácica, constipação como seqüela da compressão abdominal e pélvica, além de úlceras causadas pelo decúbito.
Os sinais clínicos se tornam evidentes com duas a três semanas de idade, quando uma
locomoção quadrupedal deveria ser observada.
locomoção quadrupedal deveria ser observada.
O diagnóstico é alcançado por meio de um exame clínico detalhado. Indica-se a realização de radiografias para verificar se o esterno do animal está relacionado com a patologia de pectus excavatum ou somente de esterno achatado.
Quando tratados, cerca de 90% dos filhotes se recuperam sem seqüelas. Em uma porcentagem menor (10%), o animal também pode se recuperar espontaneamente. No entanto, quando os quatro membros são acometidos, a porcentagem de recuperação diminui consideravelmente. Na presença de complicações respiratórias, o prognóstico é menos favorável.
Fonte: Revista Veterinária, dicionário informal, relato de caso TCC de Luane Michelleti, Cris Menegon.com.br (jornalista)
Postado por Kely V.S.S.