Em breve, mais precisamente neste próximo fim de semana acontecerá aqui em Curitiba uma Exposição de Cães de Raça regulamentada pela Confederação Brasileira de Cinofilia (CBKC) a qual é filiada à Fédération Cynologique Internationale (FCI) na Bélgica, os quais são as entidades oficicais e máximas em se tratando de cinofilia.
(endereço da exposição no fim do post)
O QUE É CINOFILIA?
"Esporte dos cinófilos que consiste em participar de certames específicos, relativos à raças caninas das diferentes nações, e à formação de associações; hábito e gosto pela leitura especializada, estudo, canicultura e participação dos eventos dos quais seus cães podem participar." - Tausz, Bruno - Dicionário de Cinologia, 1997.
"Cinofilia - qualidade de cinófilo."
"Cinófilo - quem gosta de cães" - Aurélio Buarque de Holanda.
Quero neste post tentar esclarecer o conceito de uma exposição de cães de raças. Segundo o Regulamento de Exposições da CBKC, as exposições tem por objetivos:
a) difundir a cinofilia em todo território nacional;
b) selecionar e classificar os melhores exemplares das raças caninas de acordo com suas conformidades ao Padrão oficial da raça adotado pela CBKC.
Você pode ler o regulamento completo no site da CBKC.
Somente cães de raça pura é que podem participar de exposições, mestiços e SRD não são permitidos, daí a importância do Pedigree que é a comprovação de que seu peludo tem genética e linhagem pura, assim os árbitros da exposição poderão avaliar o peludo e qualificá-lo e classificá-lo conforme os padrões de sua raça. Sendo que a qualificação é mais importante que a classificação. O árbitro qualifica cada exemplar de acordo com suas virtudes e faltas, ou seja é individual, já a classificação é feita entre todos os exemplares presentes. Já aconteceu em alguns eventos de um exemplar classificado como o melhor da raça, receber qualificação SUFICIENTE, enquanto que em outra raça o peludo que ficou em terceiro lugar recebeu qualificação EXCELENTE, dentro dos padrões de sua raça ele está bem melhor que o que recebeu qualificação suficiente.
O julgamento do cão numa exposição
Na avaliação de um exemplar para Exposição, o Árbitro julga mediante um roteiro. Os padrões oficiais das raças são elaborados pelas sociedades de criadores e, também, seguem este roteiro:
Exame Preliminar
1. Faltas Desqualificantes - neste quesito, o árbitro deverá verificar se o exemplar é ou não portador de faltas desqualificatórias comuns a todas as raças, tais como, cegueira, surdez, mutilações ou qualquer tipo de invalidez; atipicidade; machos que não apresentem um ou os dois testículos perfeitamente visíveis na bolsa escrotal; faltas desqualificantes textualmente descritas pelo padrão específico de cada raça, tais como: faltas dentárias, mordedura incorreta, altura, temperamento agressivo etc. e, finalmente, a utilização de artifícios químicos, físicos ou cirúrgicos com a intenção de alterar a aparência natural, em favor das características rácicas exigidas pelo padrão.
2. Caráter e Temperamento - sendo o temperamento parte da bagagem genética, tem um peso acentuado na avaliação das outras qualidades. Embora não se possa fazer testes de temperamento, durante uma exposição, exceto para o grupo terrier, que tem seu teste específico. Durante o exame preliminar, o árbitro avalia as qualidades da estrutura mental do exemplar, através da observação do seu comportamento.
Exame em STAY (Parado)
1. Aparência Geral - verificação das características de porte, tipo e da harmonia do conjunto: proporções entre a altura, a largura e o comprimento; entre a cabeça e o tronco; o comprimento, textura, pigmentação, cor e marcações da pelagem; estado do pêlo, presença ou ausência de subpêlo; substância: relação ossatura e musculatura.
2. Cabeça - exame das características gerais de masculinidade e feminilidade; da proporção crânio-focinho; da inserção e do porte das orelhas; da inserção, forma, cor e expressão dos olhos; do stop, focinho e trufa; da boca: os maxilares, lábios, dentadura e mordedura, a coloração da mucosa e gengiva.
3. Linha Superior - visto de perfil, análise da linha de contorno que vai desde a nuca, passando pela crista da face dorsal do pescoço, cernelha, ápice dos processos espinhosos, ao longo da cadeia de vértebras dorsais e lombares até a garupa, na inserção da cauda. Neste quesito são examinados, ainda, a forma pela qual o pescoço está engastado no tronco; a posição da cernelha; resistência e elasticidade do dorso e do lombo; a posição, angulação e comprimento da garupa.
4. Linha Inferior - visto de perfil, análise da linha de contorno que vai da ponta do esterno (manúbrio), passando ao longo do esterno e do ventre, até a linha anterior do contorno da coxa. Aqui, são observados, ainda, o desenvolvimento do peito, de perfil, e do antepeito, de frente; forma e curvatura do arco descrito pelas costelas (visto pela frente ou por trás), conseqüentemente, o volume torácico e o grau de esgalgamento do abdome (com ou sem cinturinha).
5. Membros Anteriores - que inclui o ombro, o braço (úmero), o antebraço (rádio e ulna ou cúbito), a munheca (carpos e metacarpos) e o pé. O árbitro examina a substância, angulações escapuloumerais, paralelismo dos aprumos, inclinação ou verticalidade e direcionamento dos metacarpos, formato e compacticidade das patas; espessura, cor e resistência das almofadas plantares, dureza e aspereza da sola.
6. Membros Posteriores - que compreende a garupa (coxal), coxa (fêmur), perna (tíbia e fíbula ou perônio), jarrete (tarsos e metatarsos) e as patas. O exame é semelhante ao dos anteriores: o árbitro confere com as características da raça, o comprimento, largura e a inclinação da garupa, as angulações das coxas com a garupa, das coxas com as pernas, o prumo dos jarretes e, conforme o item anterior, as patas.
7. Cauda - é examinada em item separado, dada a sua importância no conjunto de características de cada raça: a posição da inserção na garupa; espessura e comprimento, incluídas as caudectomizadas; forma; porte e pelagem.
Em Movimento
Ida e Volta
Visto pela frente e/ou por trás - observação do grau de alinhamento, proximidade ou afastamento, entre os membros do lado esquerdo em relação aos do lado direito (single tracking ou em paralelo); o comportamento dos cotovelos; a direção, aprumo e firmeza dos metacarpos, durante uma passada e a direção, aprumo e firmeza dos jarretes, no instante da pisada.
O segredo de um bom julgamento é a análise do exemplar durante a movimentação. É, quando o apresentador não tem como tocar seu cão, portanto não pode ajeitá-lo.
Em Círculo
Visto de perfil - o árbitro, no centro da pista, pede que o condutor movimente o exemplar a trote lento, em círculo, para observar a postura, o comportamento e o preparo físico do exemplar; comportamento (firmeza ou oscilação) da linha superior (pescoço, dorso, lombo e garupa); a fluência e desenvoltura na movimentação, alcance das passadas dos membros anteriores, rendimento da propulsão dos posteriores e a cobertura de solo.
É o momento em que a rigidez/flacidez de seu dorso se evidencia. O comprimento do passo pode ser comparado com o comprimento do passo dos outros exemplares etc. É, também, quando alguns apresentadores confundem com competição de velocidade e tentam correr mais, às vezes um exemplar com boa amplitude de passada fica prejudicado porque para correr precisou aumentar a freqüência das passadas e, como conseqüência, reduzir o tamanho do passo.
A Preparação do Cão Para a Exposição
Sabendo o que se pede é relativamente fácil preparar seu cão para ser exibido numa exposição.
1. O treinamento:
Exame preliminar - o cão, qualquer que seja a raça, deverá estar treinado para se deixar tocar de tal maneira que o Árbitro possa verificar a dentadura, no caso dos machos, os testículos, e sentir sua estrutura.
Exame em stay (parado) – o cão deve estar treinado para permanecer imóvel, em posição anatômica, durante, pelo menos, três minutos para permitir a observação do árbitro.
Exame em movimento – o cão deve movimentar-se a trote, em linha reta, na direção que o árbitro orientar sem demonstrar ansiedade, agressividade ou nervosismo.
Exame em conjunto com outros cães – da mesma forma o cão deverá se apresentar sociável sem aceitar provocações de outros cães e, principalmente, sem provocar.
2. O toucador:
Cães de pêlo curto – (boxer, doberman, mastife, pinscher etc.) devem apresentar-se asseados, dentes limpos (sem tártaro), pelagem brilhante, unhas aparadas e isentos de cheiros desagradáveis.
Cães de pêlo médio – (collie, golden retriever, setter etc.) além dos quesitos dos de pelo curto, devem estar escovados e com o pêlo desengordurado. Se o padrão indicar tosa, devem estar tosados de acordo com o descrito no padrão.
Cães de pêlo longo – (lhasa apso, poodle, maltês, bichon frisée etc.) além dos quesitos dos de pelo curto, devem estar escovados, com o pêlo desengordurado e tosados de acordo com o descrito no padrão.
3. O apresentador – o cão poderá ser apresentado por um handler profissional, amador ou pelo seu proprietário. Em qualquer dos casos o apresentador deverá respeitar o Árbitro, os organizadores do evento e seus colegas de competição com uma atitude esportiva qualquer que seja o resultado.
4. O Árbitro – é a autoridade máxima dentro da pista de julgamento e suas decisões deverão ser respeitadas, pois os resultados são indiscutíveis e irrecorríveis.
5. Dúvidas e Reclamações – quaisquer dúvidas ou reclamações deverão ser dirigidas à superintendência da Exposição.
Há quem ache estas exposições frescuras, outros acham essenciais para sua criação. Sei que o bom criador não dependerá somente de títulos em seu plantel, existem excelentes criadores que não participam de exposições, porém a de se levar em consideração, que os criadores que levam seus exemplares para exposições tenham talvez, eu disse talvez, mais cuidados com seus peludos, sabemos que existem maquiagens até para os peludos e ficam lindos com pelagem perfeita, mas sua estrutura não pode ser maquiada e o árbitro avaliará isso.
Eu estou doida pra ir em uma exposição, gostaria de ir nessa mas realmente não sei pois é fim de semana do dia dos pais e é bem provável que viajemos para passar com meu sogro. Mas haverão outras e em uma delas eu irei e aí postarei as minhas reais impressões sobre exposições caninas.
Local da exposição: PARQUE SÃO CRISTOVÃO, (PARQUE DA FESTA DA UVA) RUA MARGARIDA ZARDO MIRANDA, 617 – STA FELICIDADE – PRÓXIMO AO CORPO DE BOMBEIROS – ESTACIONAMENTO, RUA DOMINGOS STRAPASSOM AO LADO DO ESPAÇO DA CRIANÇA.
Fonte: Site da CBKC;
Site Kennel Club da Grande Curitiba;
Site webanimal
Postadop or Kely V.S.S.
adorei o post!
ResponderExcluirabracos.
http://lolitaquelate.blogspot.com/
Obrigada pela visita, esperamos que torne-se leitora, tudo o que fazemos ou preparamos é para o bem dos Shi e nossa satisfação é claro!! rsss
ResponderExcluirMUITO FOFO SEU BLOG TB
Kely
Onde é a exposição?
ResponderExcluirLOCAL PARQUE SÃO CRISTOVÃO, (PARQUE DA FESTA DA UVA) RUA MARGARIDA ZARDO MIRANDA, 617 – STA FELICIDADE – PRÓXIMO AO CORPO DE BOMBEIROS – ESTACIONAMENTO, RUA DOMINGOS STRAPASSOM AO LADO DO ESPAÇO DA CRIANÇA.
ResponderExcluirVOU COLOCAR NO POST TB.
Abç Maurício.
Kely